Silvio abre o baú das bizarrices, por Cristiano Lima


Já é sabido por todos nós que a emissora de Sílvio Santos vem sendo um dos principais palanques da eterna campanha bolsonarista. Seus programas de auditório com entrevistas explicitamente tendenciosas que tentam promover o governo de Jair Bolsonaro através de um populismo tosco já são rotina na grade da emissora.

Silvio Santos nunca escondeu a parceria com Bolsonaro, desde que tomou posse Bolsonaro e sua equipe de governo têm se tornado figurinhas carimbadas na emissora. Silvio e Bolsonaro também se demonstram admiradores dos EUA, enquanto Bolsonaro se rasga em bajulação e obediência aos EUA, Silvio promove exibições de paradas, desfiles e marchas, as quais ele, Sílvio Santos, faz questão de exibir como quem quisesse estabelecer alguma comparação entre os dois países,subjetivando uma depreciação quanto a cultura brasileira.

A tentativa de inflar o balão furado do governo Bolsonaro levou o apresentador e dono  da emissora colocar os irmãos Flávio e Eduardo na mais injustificável saia justa diante das câmeras. Digo injustificável porque no quadro dirigido pelo apresentador consistia em perguntas de nível infanto-juvenil, e ainda com pistas. Perguntas que geram irritabilidade com a dificuldade em que os convidados demonstravam.

O nítido constrangimento dos irmãos Bolsonaro nos fez lembrar o episódio do desmaio protagonizado por Flávio. A questão era: “Quem iria desmaiar primeiro, Eduardo ou Flávio. Ao patriarca da família, Jair Bolsonaro, vale o puxão de orelha por não ter orientado aos filhos a “colinha” nas mãos.

Mas risadas a parte, se para nós aqui brasileiros a imagem foi de total vexame, aos olhos do mundo não será e não é diferente. O descrédito que o Brasil encara de cabeça baixa é explicado sem a necessidade de qualquer fórmula ou teoria complexa.

Medo, insegurança, termos tão conhecidos e simples de interpretação. O bolsonarismo arrasta milhões em direção a miséria e afasta investimentos. O show de bizarrices protagonizado por esta família e sua trupe no governo vem deixando o país à míngua com sua politica de submissão ao mercado imperialista norte americano.

Bolsonaro é a vergonha que veste o Brasil, o espelho que reflete em cada brasileiro a imagem do abandono. Risos a parte, o momento é critico! A extinção de politicas publicas pode nos levar a um verdadeiro extermínio social. Um país sem expectativas, sem tempo para sonhar, do “se reinventar” de cada cidadão que para garantir sua sobrevivência não encontra tempo para dormir quem dirá sonhar.

Enquanto isso, Eduardo Bolsonaro o “chapeiro viajante” aguarda de espátula nas mãos sua indicação para ocupar a embaixada do Brasil nos EUA.
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Cristiano Lima é Educador, graduando em Geografia pela UERJ/CEDERJ e Escritor.

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