Bolsonaro: o candidato do terrorismo de extrema-direita, por Sérgio Batalha

Na quinta-feira, um homem foi preso após jogar um coquetel molotov no comício de Lula na Cinelândia. Ontem à noite, um bolsonarista invadiu a festa de aniversário de um dirigente do PT em Foz do Iguaçu, matou-o com dois tiros e acabou alvejado também pela vítima. Não se tratam de atos isolados de “desequilibrados”. Estamos diante do terrorismo de extrema-direita no Brasil.


Bolsonaro não condenou e nem vai condenar os atos terroristas. Ao contrário, ele os estimula com alusões propositadamente genéricas à “guerra pelo Brasil” e outras. Ele sabe que vai perder a eleição no voto, sua esperança atual é uma convulsão social que propicie um golpe de estado. O terrorismo é exatamente o componente que ele necessita para desestabilizar as eleições.


A democracia está em real perigo e os conservadores que ainda pensam em votar em Bolsonaro devem avaliar sua opção. Não é mais uma disputa ideológica. É a escolha entre o terrorismo, a violência política generalizada, e o retorno à normalidade institucional.


Você pode até ter posições conservadoras em relação a temas como aborto, drogas ou homossexualismo.  Mas não é isto que está em jogo. A partir de hoje, decidiremos se queremos viver em uma democracia, com eleições e alternância de poder, ou em uma ditadura com assassinatos e violência política.


Desculpem os demais candidatos, mas esta não é uma eleição normal. Não podemos nos arriscar a um banho de sangue no segundo turno. Bolsonaro é o candidato do terrorismo de extrema-direita. É Lula no primeiro turno para livrar o Brasil do terrorismo e da ditadura.


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Sérgio Batalha é advogado, professor universitário, especialista em relações de trabalho.

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