26 de maio, o fascismo mostra a cara e leva um tapa, por Cristiano Lima


O dia vinte e seis de maio de 2019 marca o declínio, a derrocada do governo bolsonarista. Marcada para esta data, o dia de grandes manifestações em defesa do governo o resultado não podia ser diferente: Um fiasco, um popular “mico” diante de todo o Brasil, para seus organizadores e o próprio Jair Bolsonaro.

A rejeição, o descontentamento e arrependimento foram materializados com o resultado vexaminoso desse ato. Estimado por bolsonaristas ferrenhos para mais de 300 cidades o ato encolhido não chegou a alcançar a metade do esperado. A mídia tentou pegar carona nas manifestações para balançar a bandeira das reformas, quase nomeando a manifestação em prol reformas e defesa do governo como sobrenome. O fato é que não só nós progressistas temos essa visão racional do fiasco e rejeição desse governo. 

A elite, esta que é a principal interessada nesse pacote monstruoso de reformas, entre elas a que mais lhe interessa, a reforma da previdência, hoje, tem a certeza da incapacidade daquele que está em Brasília que com tamanha rejeição e uma impopularidade que só cresce não passa legitimidade e segurança  para aprovar qualquer medida. 

Mas e a multidão de verde e amarelo? Seus seguidores que se vestem de verde e amarelo se apresentam com o mais raso cognitivo politico. Muito próximos de um fanatismo só sabem gritar e expelir  frases prontas e exaustivas aos ouvidos.

Uma ameaça, quando pensamos que existem pessoas que compartilham dessa ideia nefasta bolsonarista que transmitem sem ressalvas sua ideologia fascista. Bolsonaro carrega consigo uma equipe que não passa segurança. Uma trupe que se fantasia de ministério e ainda conta com uma espécie  de “guru” que desfere ofensas à quem quer que seja. 

Os desentendimentos de Olavo de Carvalho com o vice Mourão, as intromissões dos filhos, e mais esse tiro no próprio pé que Bolsonaro deu com essa convocação de apoiadores que revelou o fiasco de seu governo e quem são  de fato seus apoiadores: Fanáticos, seguidores de um governo sem pauta, “apolitizados”. Uma pequena massa que vem encolhendo a cada dia ou decreto absurdo assinado por seu líder.  

Mas e esta elite que o apoiou o que lhe resta agora, à que lado seguir, qual direção tomar? Sua única certeza é que o ultraliberalismo fascista não é a saída! O bolsonarismo é repleto de ideias próprias que destoam dos ideais neoliberais tradicionais. Ele ataca a todos, inclusive quem apoia a pauta neoliberal, como o Centrão.

Um desgaste que vai levando o governo, ou melhor dizendo, Bolsonaro ao isolamento e seu governo a míngua. Bolsonaro se apresenta ainda em palanque, seus filhos estão deslumbrados e Olavo de Carvalho dança  com seus 15 minutos de fama.
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Cristiano Lima é Educador, graduando em Geografia pela UERJ/CEDERJ e Escritor.

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