O Enfraquecimento e extinção de ministérios podem trazer mais dor, por Cristiano Lima


As imagens que circulam nas redes sociais sobre o crime em Brumadinho fazem resposta ao descaso  que este governo demonstra à natureza, a sociedade e à própria defesa dos direitos que como já foi ouvido: Direitos do trabalhador e leis de proteção ambiental, são pedras no sapato do empreendedor.

Ignorar leis que protegem o meio ambiente, ao trabalhador, enfraquecer ou extinguir seu órgãos de defesa, como os Ministérios do Meio Ambiente e do Trabalho só  fazem estimular a cobiça e o "oba oba" por parte de exploradores que começam, dessa forma, a enxergar o Brasil como uma verdadeira carvoaria clandestina.

O Brasil se apresenta diante do mundo, de forma retrógrada, curvado e submisso. Atento a satisfazer aos anseios do capital estrangeiro ignora seu povo, suas riquezas naturais e toda a diversidade.

Em contra partida a face neoliberal se apresenta com sorriso largo e debochado diante dessa política ultraliberal implantada através  da mentira cercada de escândalos e chacota internacional.

Ligar Brumadinho somente a este desastroso inicio de primeiro semestre de 2019 é ignorar a história.

O entreguismo, desse sistema “self service”, que sempre vendeu  a ideia de que privatizar é a solução já  é  uma prática de governos anteriores ao PT. Privatizar, na verdade, nos remete a um Brasil colônia, do pau brasil,  do ouro da prata. 

Em tempos modernos a colonização, no Brasil, assume uma face baseada em um novo princípio democrático. A partir da entrega, da manipulação, e é claro do encarceramento da critica através do empobrecimento da educação as caravelas neoliberais atracam em nosso cais.

Privatização, pelo visto não combina com legislação nem tão pouco com fiscalização, assim como  flexibilização não combina com desenvolvimento e população. Para o colonizador imperialista o lucro deve crescer em uma progressão geométrica e investir ou estar diante de órgãos de fiscalização significa inibir lucros.

Por essa lógica, considerar como tragédia ambiental o caso de Brumadinho não é  somente minimizar, mas ignorar a inteligência  do povo. Cuidar, garantir a segurança é um dever obrigação. Negligenciar é se comprometer com o risco.

Uma questão que também é bastante pertinente é o histórico disso tudo: O monopólio do poder, a aplicação das leis, os responsáveis pelas mineradoras e sua influência  direta na politica, os maiores interessados nas reformas e afrouxamentos.

Os caminhos da estrada real ainda continuam ativos se tornaram amplos , envolvem petróleo, agricultura, pecuária, extração e degradação  de vidas e do meio. Exploração  da mão de obra com a flexibilização  das leis trabalhistas e diluição do Ministério do Trabalho. A tragédia, se assim ainda chamam, é  diária e o Brasil pede socorro.
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Cristiano Lima é Educador, graduando em Geografia pela UERJ/CEDERJ e Escritor.

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