Reflexão sobre o atual momento político

Salve, camaradas.

O atual momento nos exige muito empenho, capacidade de articulação, generosidade e, sobretudo, clareza dos dirigentes e militantes de partidos, movimentos sociais, centrais sindicais, entidades e organizações de esquerda para construirmos uma unidade de ação do campo democrático-popular com um único objetivo: derrotar o governo ilegítimo e golpista de Michel Temer.

Obviamente, entendo e respeito as boas intenções de companheiros(as) que apresentaram outras alternativas, como a do plebiscito para eleições presidenciais antecipadas, que é legítima, porém, discordando fraternalmente, repito e reitero que não é esse o momento para tal proposta.

Não é o momento porque não vejo na tal proposta a solução para a atual crise do sistema político brasileiro. Reduzir toda a luta à antecipação do calendário eleitoral é um erro crasso para o campo democrático-popular. Se entrarmos divididos em campo, somadas as chances reais dos golpistas encamparem a defesa das eleições presidenciais antecipadas - pra mim é o que os golpistas sempre quiseram, desde que a presidenta Dilma Rousseff foi reeleita, em 2014 -, a narrativa do golpe será apagada. Estaremos, tragicamente, referendando o golpe e destruindo toda a campanha de defesa da legalidade e da democracia construída nos últimos meses.

É um fato que pecamos ao acreditarmos piamente que a tal governabilidade só pode ser construída "pelo alto", através do parlamento, esquecendo completamente o caráter de mobilização que a sociedade civil organizada tem.

Camaradas, não deve e não pode existir outra palavra de ordem no atual momento que não seja o "Fora Temer!". Quaisquer outras palavras de ordem, funcionarão como elemento para desestabilizar e dividir o campo democrático-popular.

Temos de ter a clareza de que não podemos e nem devemos negociar ou, sequer dialogar com os que se unem, se organizam e se empenham no desmonte dos direitos inscritos na Constituição cidadã de 1988.

Temos que compreender, de uma vez por todas, que foi o povo brasileiro, em toda a sua diversidade, a partir das eleições de 2014, que renovou o direito da presidenta Dilma a seguir a frente do comando do Estado brasileiro. E é para o povo e com o povo brasileiro que Dilma deverá voltar a governar - depois de derrotar os golpistas no Senado Federal - até o fim do seu mandato, em 2018.

Nenhum passo atrás!
Sem acordão pelo alto.

‪#‎ForaTemer‬ ‪#‎NãoAoGolpe‬ ‪#‎VoltaDilma‬

Abraços,
Daniel Samam

Nenhum comentário: