17, a senha do inferno, por Cristiano Lima


O Brasil sofre uma das maiores devastações de cunho econômico, social e ambiental. Este tripé apocalíptico representa o governo Bolsonaro. Um governo que certamente atende a interesses próprios: Escalada pessoal e familiar, além da precarização de direitos e mergulho da sociedade em uma ideologia fascista.

Os oito meses de governo Bolsonaro vêm promovendo uma verdadeira  sangria de direitos, sua forma de governo descompromissada em politicas publicas e planos de governo que venham alavancar a economia interna levam ao desespero brasileiros que enxergam perspectivas cada vez mais temerosas. O mundo que vinha observando a catástrofe política no Brasil agora sai do campo da observação e erguem o dedo na cara de Bolsonaro.

O presidente francês, Emmanuel Macron, disse que Bolsonaro mentiu sobre compromissos climáticos e afirmou que será contrário ao acordo entre União Europeia (UE) e Mercosul. O desgaste do caráter de Jair Bolsonaro ultrapassou os limites do território nacional, isso, já a algum tempo.

Em uma tentativa de promover críticas ao governo norueguês Bolsonaro utilizou imagens de uma caça chamada "grindadráp" nas Ilhas Faroe, um território dependente da Dinamarca, no Atlântico Norte. Bolsonaro acusou sendo na Noruega as imagens de caça às baleias. Sua intenção era criticar a Noruega, que anunciou suspensão de repasse de recursos ao Fundo Amazônico.

Emmanuel Macron é o único a se levantar contra a irresponsabilidade do governo brasileiro, a Alemanha também levantou criticas negativas, porém diverge juntamente a Espanha e Reino Unido ao tratar do bloqueio sugerido por Macron ao acordo comercial entre a UE e Mercosul.

As queimadas na Amazônia e a forte repercussão internacional para proteger a floresta, países europeus já ameaçam retaliar o Brasil. Países como Irlanda e Finlândia também já pensam em retaliar o Brasil caso Bolsonaro não reveja sua politica e seu olhar em relação ao meio ambiente.

O fato é que Jair Bolsonaro repousado em sua ignorância e soberba vem influenciando seus seguidores que hoje se sentem representados. Bolsonaro sempre representou as expectativas de exploradores de terras. Em campanha suas promessas soavam como trombetas anunciando a catástrofe ambiental.

Ainda quando era deputado dentre outras, Bolsonaro, na época deputado federal pelo PSC afirmou, “Nem um centímetro a mais para terras indígenas”. Sua ganância e insensibilidade a natureza foi chancelada em uma outra ocasião já como presidente, quando colocou que quem gosta de mato é  vegano, ao reafirmar a intenção de transformar a baía de Angra dos Reis, na Costa Verde do Rio, na "Cancun brasileira".

Ricardo Galvão, diretor do INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, foi demitido após o Instituto ter divulgado uma pesquisa sobre o aumento no desmatamento da Amazônia. O presidente afirmou que o INPE estava agindo a serviço de alguma ONG. “Você pode divulgar os dados, mas tem que passar pelas autoridades até para não ser surpreendido. Até por mim, eu não posso ser surpreendido por uma informação tão importante como essa daí”, como resposta Bolsonaro demitiu o diretor do INPE.

Bolsonaro, ou “Capitão da motosserra” como se auto intitulou, sem qualquer contextualização, fonte,  procurou mais uma vez criminalizar organizações não governamentais quando disse que as queimadas na Amazônia teriam sido provocadas por ONGs.

No campo internacional o Brasil vem se tornando pauta em destaque, principalmente entre o G7. Suas atitudes além de colaborar para um cenário interno desastroso provocam discussões e divergências  entre as principais potências em relação a um assunto que foi inserido em ultima hora, as queimadas na Amazônia.

Economia e futuro sob a ameaça de um falastrão descontrolado. Sem exageros o futuro da humanidade em xeque.
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Cristiano Lima é Educador, graduando em Geografia pela UERJ/CEDERJ e Escritor.

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