Crivella debocha mais uma vez da Cidade, por Cristiano Lima


Mais uma vez o descaso  e deboche fazem parte do cenário  da Cidade  do Rio de Janeiro.Já  não  bastasse o caos que a cidade vive devido a falta de obras de manutenção, conservação e todo o descaso com a saúde  e educação que provocam tragédias de cunho social, humano, cultural e econômico as quais não  podemos classificar como inesperadas. O abandono que a Cidade do Rio é vitima tem nome e um slogan de campanha que hoje podemos entender e interpretar como um verdadeiro escárnio.

O Prefeito que se elegeu afirmando “cuidar das pessoas” passou mais da metade do mandato se ocupando em culpar a gestão anterior, se omitindo das responsabilidades, perseguindo e criminalizando a Cultura e sufocando servidores municipais.

Muito eficiente em vetar ou propostas ou desobedecer leis que não venham de sua base aliada, mesmo que sejam de clamor popular e de extrema necessidade para segurança e uma ajuda na economia como a lei de autoria do vereador Reimont (PT) que resolve o retorno dos cobradores de ônibus, pondo fim a dupla função do motorista e gerando novos empregos o Prefeito assume sua morosidade para não dizer má vontade.

O fato é que a Cidade vem se deteriorando, túneis, passarelas, viadutos tão importantes para mobilidade urbana e fluidez no deslocamento de pessoas, hoje se tornam pontos centrais de um assustador dilema: “Confiar ou não na travessia ou para onde será a travessia?”

A mais nova, infeliz declaração do Prefeito faz referência a ciclovia Tim Maia que tem sido vítima de constantes desabamentos, o que tem levado pânico e insegurança a pedestres e ciclistas que tentam utilizar  a ciclovia.

Despido de sensibilidade e responsabilidade, o Prefeito compara a ciclovia à um time de futebol do Rio que teve alguns casos de rebaixamento. O Prefeito disse que a ciclovia deveria se chamar pelo nome do time porque “caía muito”. Não colocarei o nome do clube aqui pois me recuso a compartilhar tamanho absurdo e desrespeito com as vidas ceifadas na tragédia e todos os outros desabamentos que nada têm  a ver com o clube.

Cenário de beleza já foi palco de tragédia: No dia 21 de abril de 2016, uma onda derrubou um trecho de 20 metros da ciclovia. Eduardo Marinho, de 54 anos, e o gari comunitário da Rocinha Ronaldo Severino da Silva, de 61 anos, que passavam pelo o local, morreram no acidente. Desde então, a ciclovia vem sofrendo com desabamentos e omissões do poder público municipal que atende pelo nome de Crivella, que chegou a sugerir um plebiscito para a população decidir o destino da ciclovia. Pasmem!

Vale destacar que Crivella vem passando por um processo de investigação na Câmara Municipal do Rio que pode determinar no impeachment do prefeito.
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Cristiano Lima é Educador, graduando em Geografia pela UERJ/CEDERJ e Escritor.

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