Impressões ao calor da hora, por Daniel Samam


O debate está interditado no Brasil, que segue estagnado. Fruto de uma polarização que só serve aos que querem a destruição do país. 

O dinheiro não circula, o mercado não tem a tal “confiança” para investir e a burguesia, o empresariado, nacional e internacional, não investem por conta da insegurança jurídica que vigora desde o advento da maldita Operação Lava Jato. Não por acaso a economia siga patinando.

E mais, precarização do trabalho, redução no reajuste do salário mínimo, 13 milhões de  brasileiras e brasileiros desempregados e o desmonte do Sistema Único de Saúde (SUS) em dois movimentos: I. em 2016, com a Emenda Constitucional 95, a do teto de gastos, que congela por 20 anos o gasto público não financeiro; e II. com a proposta de criação do novo sistema de saúde que desvia recursos públicos para a saúde privada de alta complexidade, excluindo de cara, 50% dos brasileiros.

Estamos à beira de um desastre social de proporções nunca antes vistas. A turma que ocupa o Planalto tem um projeto de poder servil aos interesses dos EUA. Logo, não tem projeto nacional. Sem diálogo amplo e irrestrito, não existirá a menor perspectiva de mudança no cenário.

Como diz o samba de Moraes Moreira, "lá vem o Brasil descendo a ladeira..."

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