O que fazer no segundo turno? Por Daniel Samam


O debate no segundo turno não pode ficar restrito à pauta de costumes. Temos que mudar o foco e partir para o embate acerca do papel do Estado. Na política, quem estabelece uma agenda, vence. 

No entanto, a campanha de Bolsonaro trabalha com a disseminação em massa de conteúdos pautados por valores difusos que permeiam a sociedade, aliado a um discurso ultraconservador no campo dos costumes, ultraliberal na economia, de um falso moralismo no combate à corrupção e de ódio profundo ao PT.

Portanto, camaradas, devemos estabelecer uma agenda que estabeleça uma disputa de projeto de país, focando na geração de emprego e renda, na ampliação de direitos e na revogação de medidas que travam a retomada do desenvolvimento. E a dinâmica do 2º turno permite isso. 

O que as pessoas fazem ou não das suas vidas é escolha de cada uma, mas o que decidiremos no dia 28 de outubro é se teremos um governo, um Estado indutor do desenvolvimento com justiça social ou um Estado que promove a desigualdade e estimula a barbárie. 

Por isso devemos atuar nas redes e nas ruas com uma tática que centralize a narrativa. Do contrário, abriremos caminho para um retrocesso civilizatório sem precedentes.

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