Por quê a greve geral do dia 28 é tão importante? Por Daniel Samam


É preciso ter claro que se o conluio que se apossou do poder não conseguir demonstrar a seus patrões a sua capacidade de aprovar a malfadada "reforma" da Previdência, a derrocada golpista será irreversível. 

Quem dita a pauta do congresso e do governo é o consórcio golpista que envolve o capital financeiro, o Poder Judiciário e a mídia corporativa. Mesmo assim, apesar da narrativa unilateral imposta por este consórcio golpista através da mídia, em especial da Rede Globo, a realidade é revelada nas últimas pesquisas VoxPopuli/CUT e Ipsos: 92% consideram que o país está no rumo errado, o governo ilegítimo e sem voto chegou aos 4% de aprovação, o golpista Temer atingiu 87% rejeição e 90% dos entrevistados querem eleições diretas para presidente.

Por isso, todo esforço deverá ser empregado para uma grande greve geral. Todos nós, dos mais diferentes setores da sociedade, deveremos fazer a nossa parte. Esse é um movimento amplo, de toda a sociedade. Na verdade, é de todas e todos aqueles que não concordam com as "reformas" que retiram direitos conquistados. 

Parar no dia 28 de abril significa dizer não a corrupção e as medidas e reformas que massacram trabalhadoras e trabalhadores para privilegiar o capital financeiro. A greve do dia 28 é um grito por direitos. 

Participe, mobilize, pare, colabore com a resistência. A mobilização da sociedade nunca foi tão necessária para, juntos e juntas, impedirmos esse e outros retrocessos no país.

Repito, a greve geral da próxima sexta-feira (28) tem de ser o começo de uma paralisação maior, que não se restringe a um dia apenas. É isso e "diretas, já". Enquanto não houver eleições diretas, em todos os níveis, a crise não é superada e o país não anda.

Concluo com o grande e saudoso Zygmunt Bauman: "Eis o dilema: ou damos as mãos ou nos juntamos ao cortejo fúnebre de nosso enterro numa colossal vala comum". 

#ForaTemer #NenhumDireitoAMenos #DiretasJá #GreveGeral

Abraços, 
Daniel Samam

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