Palestinos sofrem sem uniformes na Rio-2016 por conta de Israel


Os atletas da Palestina que participarão das Olimpíadas do Rio de Janeiro vivem uma situação "sui generis" a seis dias da cerimônia de abertura. Estão sem roupas de treinamento e competição, e não sabem como farão para resolver o problema. (leia a matéria clicando aqui)

Isso ocorre porque todo o equipamento esportivo enviado pela fabricante chinesa Peak está preso na alfândega de Israel, "o país mais democrático do Oriente Médio" (as aspas foram usadas por conta da ironia).

Israel, comandada por Benjamin Netanyahu, representa perfeitamente o oprimido que se torna opressor. As práticas nazi-fascistas que o governo de Israel submete o povo palestino são bem parecidas com as que o povo judeu sofreu nas mãos da Alemanha nazista de Hitler. São os males do "sionismo".

O termo sionismo caracteriza o movimento que apoia o “regresso” dos judeus à sua suposta pátria de que também supostamente foram expulsos no século V, antes de Cristo. Há, no entanto, que distinguir entre sionismo judaico e sionismo cristão.

O sionismo judaico tem origem no antissemitismo que desgraçadamente sempre perseguiu os judeus na Europa e que viria a culminar no holocausto nazista. O sionismo judaico propunha a criação, não de um Estado judaico, mas de uma pátria segura para os judeus.

O sionismo cristão, por sua vez, é antissemita, e a ideia de um Estado judaico deveu-se a políticos britânicos, sionistas e anglicanos devotos que, acima de tudo, desejavam ver o seu país livre dos judeus-enquanto-judeus. Eram tolerados apenas os judeus cristianizados, mas só esses. Esta tolerância estava de acordo com a profecia cristã de que é destino dos judeus converterem-se ao cristianismo.

O mesmo sentimento se encontra nos dias de hoje entre os evangélicos norte-americanos e sul-americanos, que apoiam Israel como Estado judaico, bem como a sua desumana expansão colonialista contra os palestinos, por acreditarem que a redenção total ocorrerá no fim dos tempos, com a conversão dos judeus na "Parusia" (o regresso de Jesus Cristo).

A criação do Estado judaico de Israel configura um crime continuado cujos abismos mais desumanos se revelam nos dias atuais. Declarada a sua extinção, os cidadãos do mundo propõem a criação na Palestina de um Estado secular, plurinacional e intercultural, onde judeus e palestinos possam viver pacifica e dignamente.

A dignidade do mundo está hoje hipotecada à dignidade da convivência entre palestinos e judeus.

Abraços, 
Daniel Samam

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