Impressões ao calor da hora: as eleições regionais de Madri mostram que a conjuntura fascistizante segue de vento em popa, por Daniel Samam

Com quase todas as urnas apuradas, o Partido Popular (PP), da governadora de Madri, Isabel Díaz Ayuso, venceu as eleições da região mais rica da Espanha nesta terça-feira (04/05).

O Partido Popular soma 65 cadeiras na Assembleia madrilena, enquanto o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), do atual primeiro-ministro Pedro Sánchez, despencou de 37 para 24 cadeiras. O Mais Madri também angariou 24 assentos.

Enquanto isso, o partido da extrema-direita, Vox, conquistou 13 cadeiras e o aliado de esquerda do PSOE no governo nacional, o Podemos, contabilizou 10 assentos. A Assembleia da capital espanhola é formada por 136 cadeiras, sendo necessários 69 assentos para obter maioria.

Com esse cenário, a apenas 4 deputados de ter maioria absoluta na casa, Díaz Ayuso precisará fazer alianças na Assembleia. Provavelmente, com o partido de extrema-direita Vox, totalizando 75 cadeiras.

Uma coalizão de esquerda entre o PSOE, Podemos e Mais Madri, pode contabilizar 58 assentos na Assembleia, mas insuficiente para formar maioria. O partido liberal Ciudadanos, que não alcançou o patamar dos 5% dos votos necessários para angariar assentos, caindo de 26 deputados para nenhum neste pleito.

A direita, os conservadores e a extrema-direita ganharam o pleito madrileno com folga e com o discurso anti quarentena, emplacando a narrativa de que quem ganhou foi a liberdade. A conjuntura de caráter fascistizante segue de vento em popa.

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