Impressões ao calor da hora: o retorno triunfal de Renan Calheiros em discurso 'terrivelmente democrático' na abertura da CPI da Pandemia, por Daniel Samam

O discurso do senador Renan Calheiros na abertura da CPI da Pandemia é uma peça histórica. Destaco três trechos fundamentais:

"Não somos discípulos nem de Deltan Dallagnol e nem de Sergio Moro. Não arquitetaremos teses sem provas, ou powerpoints contra quem quer que seja..."

"Guerras se enfrentam com especialistas. Sejam elas guerras bélicas ou sanitárias. A diretriz é clara: militares nos quarteis e médicos na saúde. Quando se inverte, a morte é certa. E foi isso que lamentavelmente parece ter acontecido..."

"Essa será a comissão da celebração da vida, da afirmação do conhecimento e, sobretudo, da sacralização da verdade contra o macabro culto à morte e contra o ódio. Os brasileiros tem o direito de voltar a viver em paz. Ao contrário do que vociferavam os franquistas do início do século, 'viva a morte! Abaixo o conhecimento', estaremos aqui para proclamar, dia após dia: Viva a ciência! Glória ao conhecimento! Respeito à vida!"

Renan, em retorno triunfal, deu uma aula de política à Nação, mostrando pedagogicamente que não existe essa baboseira de nova e velha política. O que existe é Política com "P" maiúsculo, profissional, "terrivelmente democrática" e por isso, capaz de promover as mudanças e avanços necessários à civilização.

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