Impressões ao calor da hora: a escalada fascistizante, por Daniel Samam

Bolsonaro: "chegamos no limite, não tem mais conversa" — Conversa ...

1 - Na manifestação deste domingo (03), onde mais uma carreata da insensatez e do fascismo à brasileira contra a política de isolamento social e pela intervenção militar desfilou por Brasília, Bolsonaro volta a apoiar ato contra a democracia, recebendo sua claque estendendo uma bandeira do Brasil na rampa do Palácio do Planalto.

2 - Em discurso, Bolsonaro reafirmou ter apoio do povo e dos militares, e disse querer um governo “sem interferências”. Ou seja, um Estado totalitário. Estamos diante de um ataque escancarado e deliberado contra a democracia e a liberdade, por parte do Presidente da República de plantão.

3 - No ato em frente ao Planalto, uma equipe de Jornalistas do Estadão foi agredida por bolsonaristas em pleno Dia da Liberdade de Imprensa;

4 - São atos de desespero de um presidente totalmente isolado e acuado, mas que nesta condição representa um grande risco à democracia brasileira;

5 - O Brasil caminha para se tornar o epicentro mundial da pandemia. Mortes aumentando de forma assustadora, caos na saúde e sabotagem na assistência do governo federal aos mais pobres que pode resultar em caos social.

Diante de um cenário que aponta para uma tragédia sanitária, social e econômica, o que falta para um pacto nacional contra o fascismo?

2 comentários:

  1. No momento faltam condições concretas e decisão política para enfrentamento nas ruas. Um grande e unificado ato como o "comício pelas diretas" de 1984, por exemplo, seria uma forma concreta de reagir a estas tentativas de coação física que os fascistas hoje se sentem à vontade para fazer. O tempo da pandemia é uma "janela de oportunidade" para o golpe fascista e eles percebem isto: basta observar o surgimento de grupelhos neonazistas falando abertamente que é a hora de "ucranizar" o Brasil.

    ResponderExcluir