Sem Lula livre não dá para pensar em democracia, por Cristiano Lima


Os rumos da política no Brasil estão cada vez mais incertos, a catastrófica e vexaminosa forma como se deu o resultado das eleições de 2018 abriu os olhos de lobos que vinham se fantasiando de cordeiros.

Não é desconhecimento de ninguém a forma espúria com que Bolsonaro chegou a presidência. Através de mentiras e ataques, agregado a uma auto canonização.

Os ataques direcionados à esquerda montaram um cenário composto de justiceiros  patrióticos cegos. Seus seguidores alimentados por um processo de desconstrução cultural foram doutrinados a partir de conteúdos fantasiosos e alucinantes de ofensivas cartilhas.

Porém, o que despertou aos olhos dos lobos não foi o estimulo em teorias distorcidas, frutos da mente perversa e lunática de pseudointelectuais. (Tal artimanha é vergonhosa até para estes lobos).

A carniça que enche aos olhos desta alcateia chama-se “criminalização”. Sim, o processo que prega a criminalização da esquerda e ainda promove o enfraquecimento das classes mais pobres através da marginalização dos movimentos sociais.

Esta “criminalização” nos levou à linha tênue entre a democracia e uma politica autoritária, onde vergonhosamente exibe-se ao mundo um político preso sem provas através de um julgamento medonho que vem intimidar á todos os brasileiros e brasileiras.

Ignorar a condição da prisão  de Lula é mostrar um não  compromisso com a democracia!

O ex-candidato à presidência da República Ciro Gomes, com 12.47% de votos, não chegou a disputar o segundo turno das eleições tem demonstrado, ainda, insatisfação e orgulho ferido.

Decididamente Ciro, seu comportamento totalmente distante do menor entendimento do que aconteceu e vem acontecendo com o Brasil.

Afirmar que Lula não é preso politico e que não se arrepende de ter saído do país quando todos lutavam contra a ameaça fascista é demonstrar que sua sede de poder é maior que seu desejo por democracia.

Ciro parece ter aderido ao modelo bolsonariano de fazer campanha: Mentiras, acusações sem provas e vazio de propostas.

O fascismo, hoje, não é mais uma ameaça, está no poder e vem estendendo seus tentáculos, apoiado por populistas baratos donos de emissora e falsos profetas.

Diante a isso a construção de uma frente contra o fascismo é necessária, porém, a bandeira Lula livre é significativa, simbólica e indispensável.

Deve estar a frente, pois a prisão, sequestro, de Lula foi a forma encontrada pelos golpistas em impedir a vontade do povo. Fato este que não pode ser negado ou ignorado!

Logo, a luta contra o fascismo só terá força e legitimidade com #LulaLivre. Toda e qualquer proposta que não agregue este reconhecimento estará em desacordo com o restabelecimento da democracia e ainda suspeita, a meu ver, de covardia e/ou oportunismo.
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Cristiano Lima é Educador, graduando em Geografia pela UERJ/CEDERJ e Escritor.

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