Venezuela resiste ao ataque imperialista, por Daniel Samam


O que ocorre desde o último dia 10 de janeiro, quando Nicolás Maduro foi empossado para seu segundo mandato como presidente é uma tentativa de Golpe de Estado que culminou ontem (23) na autoproclamação do líder da oposição e presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela.

Em 2002, o ex-presidente Hugo Chávez viveu algo parecido quando o então presidente da federação das empresas da Venezuela, Pedro Carmona, também se autoproclamou presidente. Mas não durou dois dias no cargo. A soberania do povo venezuelano prevaleceu.

Na última eleição venezuelana, que reelegeu Nicolás Maduro, o ex-premiê espanhol, José Luiz Zapatero, participo junto a outras autoridades europeias como o ex-presidente do Senado francês, Jean-Pierre Bel, participaram do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que acompanhou a eleição e atestaram que o povo votou livremente e a eleição ocorreu sem fraude.

A conspiração contra o governo Maduro e o povo venezuelano tem como principal alvo o petróleo, que a Venezuela detém as maiores reservas do planeta. Uma curiosidade: em apenas 3 dias de navio, o petróleo sai da Venezuela e chega nos EUA. Diferente do petróleo da Arábia Saudita, que leva 45 dias. E tem mais, a Venezuela acabou de assumir a presidência da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

São nas sanções econômicas impostas pelos EUA e seus aliados que estão as principais causas para a profunda crise que assola e massacra o povo venezuelano que resiste contra a instalação de um agenda neoliberal.

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