Fascismo judicial, por Val Carvalho

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Cão de guarda das elites reacionárias e entreguistas. Do ponto de vista mais geral da concepção do direito e numa primeira abordagem este pode ser dividido entre as concepções garantistas e punitivistas. O garantismo considera os direitos humanos e sociais e expressa o modo de ver dos setores mais progressistas do direito. Já o punitivismo, que restringe o direito à letra fria da lei conservadora e só se preocupa com a defesa do patrimônio, é a concepção dos setores fascistas e reacionários ou liberais-conservadores, o que dá no mesmo. O lado garantista cresceu nos governos Lula/Dilma, mas perdeu força com o golpe do impeachment.

Na realidade, a partir da nova estratégia de golpe dos Estados Unidos, escolheu-se entre os substratos dos setores punitivistas aqueles juízes de tendência fascista executar o golpe judicial, porque os fascistas topam fazer qualquer trabalho sujo e não temem pagam para ver. Já os liberais e reacionários vacilam demais. Mas servem de base de apoio, de claque ou bucha de canhão dos setores fascistas, a vanguarda judicial do golpe. Nesse processo golpista o mais importante é isolar e derrotar os juízes e setores progressistas do direito.

Desde a sua origem a Lava Jato foi o reino do fascismo judicial e a ponta de lança do golpe de 2016 contra Lula e o PT. Sua missão principal é desarmar politicamente o povo com a desmoralização moral e criminalização do PT e a cassação de Lula. Em 24 de Janeiro o fascismo judicial deu mais um passo no sentido do golpe total. 

Mas a reação popular também deu mais um passo na resistência contra o golpe.


Val Carvalho é militante histórico do Partido dos Trabalhadores (PT).

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