A caravana passa... e arrasta multidões, por Durval Ângelo

Publicado no Brasil 247.


Quando se anunciou que a caravana “Lula pelo Brasil” viria a Minas, houve quem previsse que aqui não teria a mobilização espantosa que alcançou no Nordeste. Erraram. Por onde passa, o ex-presidente arrasta multidões.

Acompanhei boa parte da caravana - que percorreu mais de 1.500 quilômetros em nosso Estado - e pude ver a emoção do povo mineiro. Desde aqueles que esperavam pelo caminho, debaixo de sol, para ver Lula por alguns momentos, dar um abraço, tirar uma foto ou receber um simples aceno, até os que viajavam longas distâncias para participar dos atos públicos e ouvir o ex-presidente. Pelas estradas mineiras, nosso eterno presidente teve ao seu lado o governador Fernando Pimentel, presente em várias atividades e também recebido com extremo carinho.

Mais uma vez, Lula vai ao encontro dos brasileiros. Do alto dos seus 72 anos, percorre o país de ônibus para conhecer as muitas realidades deste Brasil tão desigual. Que outro postulante à presidência teria a coragem de se apresentar desta forma à população?

Vi nos olhos de milhares e milhares de pessoas admiração, gratidão, esperança e, sobretudo, confiança. Uma certeza de que a volta de Lula resgatará a era de direitos interrompida pelo golpe e retomará as políticas sociais que retiraram milhões da miséria e da pobreza.

Não se concretizou também o corte feito por alguns analistas de que a caravana mobilizaria basicamente movimentos sociais, de trabalhadores e as classes populares prejudicadas pelo desmonte dos programas sociais promovido pelo governo golpista. Teve destaque em Minas a participação da intelectualidade, de estudantes, professores, artistas e – acreditem! – setores empresariais.

Em Montes Claros, por exemplo, pude presenciar a acolhida de Lula pelo empresariado. Já em Diamantina, o apoio recebido no encontro com reitores de universidades e institutos federais do Estado explicitou a grande expectativa da retomada dos avanços na educação obtidos nos governos do PT, os quais hoje, infelizmente, sofrem imenso retrocesso.

Durante o percurso, movimentos reacionários até tentaram esboçar alguma reação. Mas tiveram que amargar o fiasco de insignificantes protestos – ou meras provocações - que não conseguiram reunir 50 pessoas. Mais uma prova de que o governo golpista não tem qualquer respaldo popular e só se sustenta por um acordão mantido pela “quadrilha” do PMDB nacional e o PSDB - principalmente Aécio Neves, seu maior sustentáculo – em um grande “abraço dos afogados”.

Esses são somente alguns indicadores do crescimento da aceitação de Lula pelo País, inclusive pela classe média, o que foi confirmado pela última pesquisa do Ibope. Se as eleições fossem hoje, Lula venceria em qualquer cenário, com o mínimo de 35% das intenções de voto, seguido de longe por Jair Bolsonaro (PSC-RJ), com 15%. Os tucanos Geraldo Alckmin e João Doria teriam algo em torno de 5%.

Como diz o antigo adágio árabe, os “os cães ladram e a caravana passa”. Seu destino? A presidência da República do Brasil.


Durval Ângelo é Professor, está Deputado estadual (PT-MG) e líder do governo Fernando Pimental na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

Um comentário:

  1. Grande desafios, grandes vitórias , ainda q muitos se levantam contra , muitos , muitos outros erguem a bandeira da vitória!

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