Mais pitacos políticos e esclarecimentos após a polêmica em torno do famigerado julgamento no TSE, por Daniel Samam

1) No afã de derrubar Temer, a galera tava topando qualquer coisa, mas o TSE não era o caminho. Não havia razão para cassar a chapa vencedora em 2014. Não havia provas. A decisão foi correta. Não tem razão ficarem revoltados com a derrota de uma ação proposta pelo candidato e seu respectivo partido derrotados nas urnas. O relatório do ministro Herman Benjamin era um absurdo à moda Sérgio Moro, que defendia a produção de provas pelos juízes, algo típico em Estados de exceção. E também disse e repito aqui que quero na esquerda quadros com a competência, inteligência, sagacidade e compromisso ideológico que tem o ministro Gilmar Mendes com a direita. 

2) Enfim, ao meu ver, o resultado de 4 x 3 a favor da não-cassação da chapa no TSE tem pontos positivos: I) põe freio na Lava-Jato e na Globo; II) expõe as contradições do golpe e exibe a direita como ela é e com seus rachas; IV) também nos revela como o PT, Dilma e seu núcleo duro foram amadores, não tendo feito nada pra se contrapor à Globo e seus asseclas. Nesse ponto, Temer não é nada bobo e joga o jogo bruto como ele é tem de ser. Por isso, o resultado foi positivo, pragmaticamente falando. Um Temer fraco e sangrando dificulta ainda mais o avanço e aprovação das malditas "reformas".

3) Em 3 anos, essa estupidez de Lava Jato quebrou as indústrias de engenharia pesada, construção civil, nuclear, petroquímica, naval e de exportação de carnes. Em todas o Brasil ia muito bem, nadava de braçada - com todos os problemas e contradições que podemos e devemos discutir de forma aprofundada em outro momento. Agora é centrar esforços e parar o Brasil no próximo dia 30 de junho, greve geral. Passemos da indignação para propostas claras de reconstrução do Brasil soberano, democrático e justo com e para seu povo. 

À luta!
Não às reformas!
Diretas, já!

Abraços,
Daniel Samam

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