Crise de Hegemonia, por Daniel Samam

Desde a noite de quarta-feira (17), é possível notar uma radicalização na disputa das forças de direita e antidemocráticas, localizadas no âmago da oligarquia nacional e ancoradas no sistema financeiro. 

Uma fração da oligarquia tupiniquim se aproxima perigosamente das Forças Armadas em prol da manutenção de Michel Temer no poder. É possível notar esse grupo através da linha "bate-fofo" do Estadão e da Folha de S.Paulo. Bem como os movimentos de direita MBL - Movimento Brasil Livre e Vem Pra Rua Brasil que colocaram suas violas no saco e saíram de fininho, desmobilizando os atos que tinham convocado para o próximo domingo (21).

Outro setor da oligarquia quer se livrar o quanto antes de Temer, construindo um nome para eleições indiretas - pra mim, o nome é o de Cármen Lúcia, ministra que preside o Supremo Tribunal Federal (STF). Até hoje (19), na hora do almoço, esse é o discurso da Rede Globo, mas a reunião dos chefes das Forças Armadas com Temer, pode fazer a emissora dos Marinho mudar o discurso.

Para nós do campo democrático-popular, surge uma fresta em meio a essa crise de hegemonia: Diretas, já! 

É tudo ou nada. É democracia ou ditadura civil-midiática-jurídica.

Abraços, 
Daniel Samam

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