Reforma necessária na política
Nosso sistema político tem muitas fragilidades e estas são mais percebidas com maior clareza no momento da disputa eleitoral. Logo, reformar o sistema político não só se faz necessário mas, também, urgente.
Nesta semana, o Senado aprovou uma Proposta Emenda à Constituição (PEC 36) estabelecendo a cláusula de barreira e o fim das coligações proporcionais. O risco, porém, é que chegue à Câmara e a proposta não prossiga. É necessário uma articulação conjunta para que esta proposta seja de fato aprovada.
A fragmentação partidária chegou ao extremo de 35 legendas e mais 35 pedindo registro. Os partidos não programáticos e nada ideológicos, as alianças eleitorais sem nenhuma coerência e a crise de representatividade dos partidos são uma realidade provocada e agravada pela ausência de uma reforma que se faz necessária desde a redemocratização do país.
O Congresso Nacional perdeu a capacidade de ser protagonista nas reformas estruturantes que poderiam, de fato, ter modernizado e mudado o País. A reforma política é uma delas.
Como a crise de representação se aprofundou muito, surge uma hipótese real de avançar. Da crise pode nascer a oportunidade. A reforma política é um tema amplo que suscita a necessidade de diversas mudanças, mas não devem ser enfrentadas de uma só vez.
Se neste momento o Congresso aprovar uma cláusula de barreira, o fim das coligações proporcionais e definir com clareza o modo de financiamento das eleições, já será um grande passo dado.
O tema da Reforma Política deve ser encarado de forma permanente no Congresso Nacional, sempre na busca pelo fortalecimento dos partidos, na redução dos custos das campanhas para impedir e combater a corrupção, além da implementação de canais de participação direta da sociedade nas decisões.
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