Contra a canalhice de alguns da esquerda que praticam a "política em terra arrasada"

Bom dia a todos(as) e, primeiramente, ‪#‎ForaTemer‬

Vi um monte de camaradas dirigentes, intelectuais e quadros importantes da esquerda batendo na deputada federal e pré-candidata à prefeitura do Rio, Jandira Feghali, por conta de uma fofoca publicada pelo ex-colunista da VEJA e atual colunista do O Globo, Lauro Jardim, onde o magano denuncia supostas negociações de recursos eleitorais entre Sergio Machado, ex-presidente da Transpetro e Jandira.

Não bastasse isso, outros tantos militantes e simpatizantes do campo de esquerda curtindo e compartilhando tal fofoca de um jornalista de 5ª categoria e que não merece o mínimo crédito. Não coloco em questão se a denúncia é verídica ou não, mas o fato que mais me impressiona é como a esquerda adora se bater utilizando as armas e os quadros da direita, ao invés de se empenhar no diálogo e na unidade tão decisivos e fundamentais para o atual momento histórico.

Sem sombra de dúvidas, um dos problemas centrais e mais dramáticos da esquerda brasileira é que só se discute em torno de corrupção, de quem rouba e quem não rouba. De quem é vilão e quem é mocinho, o bom e o mau. O binarismo inútil de sempre.

Há quase 30 anos, e parece que cada vez mais, ser progressista, de esquerda no Brasil é apenas ser honesto, ético. E, na maioria das vezes, essa tal honestidade descamba para o moralismo. E é daquele moralismo tacanho, lacerdista, udenista.

Não se discute um projeto de pais, de nação. E os que querem fazê-lo, são isolados. Claro, discutir um projeto de nação é um tema démodé pra essa turma. O primordial é tirar os corruptos. Como dizem por aí, "passar o Brasil a limpo". Outro termo inútil, pois exclui e criminaliza a política. Lembrando que por fora da política, só sobra o Estado de exceção, policialesco, o fascismo.

Patético, lamentável.
Desculpe o desabafo, camaradas. 
Ando cansado.

PS: Que fique claro que este não é um texto em defesa da deputada federal Jandira, a qual tenho imenso respeito, mas uma contribuição para debate com todo o campo democrático-popular.

Abraços,
Daniel Samam

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