"Cavalo de pau" na Lava Jato para condenar Dirceu


O justiceiro e atual herói da classe média golpista, Sérgio Moro, decretou o confisco do imóvel onde funcionou a empresa de consultoria do ex-ministro da casa civil, José Dirceu, a JD Assessoria, e da casa onde reside a mãe do petista, no município de Passa Quatro (MG). A decisão cruel e sórdida foi tomada na mesma sentença em que Moro condenou Dirceu a 23 anos e 3 meses de prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa na Operação Lava Jato.

Cabe lembrar que antes da prisão de Dirceu, a tese predominante era que a Lava Jato se tratava de investigação de cartel empresarial que atuava na Petrobras, pagando suborno para diretores da empresa e fazendo repasses clandestinos para partidos políticos.

No entanto, após a prisão de Dirceu pela 'República de Curitiba', na versão dos próprios procuradores, a explicação dá um 'cavalo de pau', um giro de 180 graus para um esquema criado pelo primeiro governo Lula (2003-2006), sob o comando de Dirceu, para comprar apoio parlamentar. Em suma, uma espécie de 'mensalão 2.0 turbo'.

Duas perguntas que mantém a narrativa criada pelos asseclas da 'República de Curitiba' são: se Dirceu, então ministro, montou o suposto 'esquema de propina', que teria sobrevivido depois de sua saída do ministério, quem teria ordenado a continuidade da operação? Quem seria o chefe do chefe? A resposta é elementar, meus caros: Lula e Dilma.

Se o PT não sair do marasmo e continuar a relativizar os movimentos, ilegalidades e desmandos da Lava Jato, em conluio com as forças políticas mais reacionárias do Brasil, logo será tarde demais para defender o seu maior líder e seu legado.

Em política vale quase tudo, menos a humilhação de quem decide, por covardia ou por movimento errático, perder sem lutar.

Toda solidariedade e força a José Dirceu.

Abraços,
Daniel Samam

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