Sobre a vergonha que o Brasil passou no Fórum Econômico Mundial, por Daniel Samam

Publicado em meu perfil no Facebook.


Em Davos, na Suíça, Bolsonaro tinha direito a 45 minutos de discurso. Baixou para 30 minutos. Usou apenas 6 minutos e repetindo o blá-blá-blá de quem ainda não desceu do palanque de campanha, expondo seu enorme despreparo e a incapacidade da equipe econômica de chegar a um consenso mínimo sobre o discurso a ser feito. Em nenhum momento citou o combate à desigualdade, a diminuição da pobreza ou mesmo as famigeradas reformas que pretende fazer.

Bolsonaro parece ter consciência de que sua imagem internacional é muito ruim. Por isso transferiu a autoridade sobre os principais temas tratados em Davos para os ministros Sergio Moro, Paulo Guedes e Ernesto Araújo. Além de copiar o bordão do presidente estadunidense, Donald Trump ("Quero mais do que um Brasil grande").

Seu pior momento foi ao se referir ao ministro da Justiça e Segurança, Sérgio Moro ao afirmar que o investimento do governo em Segurança Pública, área de Moro, tem como propósito fomentar o turismo. "Vamos investir pesado na segurança para que vocês nos visitem com suas famílias, pois somos um dos primeiros países em belezas naturais”. Sem contar na arrogância ao falar do momento político brasileiro em geral ao dizer que "pela primeira vez no Brasil um presidente montou uma equipe de ministros qualificados".

De fato, a passagem de Bolsonaro por Davos foi um verdadeiro fiasco.

Nenhum comentário: