Das crueldades impostas pela contrarreforma trabalhista, por Daniel Samam

A contrarreforma trabalhista imposta pela vendeta neoliberal e pelo consórcio golpista que ocupa o Palácio do Planalto criou o trabalho intermitente: o funcionário não tem horário fixo e ganha apenas pelas horas trabalhadas. Com isso, poderá ganhar menos que um salário mínimo (atualmente em R$937,00).

Ou seja, o próprio trabalhador terá de arcar com uma parte do pagamento ao INSS, ou aquele mês não entrará na conta do tempo de contribuição para a sua aposentadoria. Antes da contrarreforma, o empregador era responsável por pagar toda a contribuição devida à Previdência Social.

Por exemplo, nas vagas de trabalho intermitente oferecidas por uma rede famosa de Fast Food pagavam R$ 4,45/hora (!!!), por 5 horas aos sábados e domingos, que somam, em geral, 9 dias ao mês. Remuneração total, portanto, de R$200,25 mensais, salário bruto. Com os 8% da previdência, R$ 184, líquidos.

Logo, supõe-se que muitas trabalhadoras e muitos trabalhadores nunca irão se aposentar.

Não tem outro nome. É crueldade.