Feirão da Petrobras: o legal ainda mais danoso que o ilegal!
Por Roberto Moraes, professor e engenheiro do Instituto Federal Fluminense (IFF Campos) (ex-CEFET) em Campos dos Goytacazes, RJ. Pesquisador do PPFH - Uerj.
"Segue o fatiamento para a venda em partes da Petrobras e subsidiárias. Nesta quinta (28/07) foi o bloco BM-S-8 no Pré-sal da Bacia de Santos vendida à petrolífera estatal norueguesa Statoil por US$ 2,5 bilhões. Um filé!
Também nesta 5ª feira em fato relevante foi anunciada pela diretoria da Petrobras a "condução de negociações exclusivas" com a mexicana Alpek para a venda de participação na Companhia Petroquímica de Pernambuco (PetroquímicaSuape) e na Companhia Integrada Têxtil de Pernambuco (Citepe). Há pouco tempo foi vendida 49% da Gaspetro para a japonesa por R$ 1,9 bilhão.
Além disso, segue a venda em águas rasas de um conjunto de 9 campos, 5 em Sergipe e 4 no Ceará, de produção de petróleo e gás no Nordeste. A Petrobras está vendendo o direito de exploração, desenvolvimento e produção.
A BR Petrobras Distribuidora também está sendo afiada para a venda. A malha de gasodutos do Sudeste com 2,5 mil km está no prelo da liquidação.
Tudo isso na época de baixa do ciclo do petróleo e com os valores depreciados também pelo câmbio. Resta saber o que poderá sobrar.
Colocando na ponta do lápis os prejuízos em pouquíssimo tempo serão muito maiores do que as ladroagens feitas pelos desvios com a Lava Jato. Estas vendas podem ter legalidade, mas nunca serão legitimadas pela população."
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