A formação de uma aliança, a derrota do fascismo e o pós-fascismo, por Cristiano Lima
A importância de uma frente ampla de combate ao fascismo é de fundamental importância para o restabelecimento da paz e do progresso do Brasil, e deve ser encarada como primeiro passo para reconstrução do país.
O bolsonarismo foi instaurado no país através da mentira, pela produção em massa de fake news e contou, é claro, com aliados que fizeram “vista grossa” para a ameaça que todos sabiam que Bolsonaro representava. Golpistas que criaram e inflaram a criminalização do Partido dos Trabalhadores, contribuindo maciçamente para prisão política do principal candidato a presidência do Brasil, o ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva, colaboraram para a formação de uma ideologia antipetista que hoje foi somada ao sentimento antidemocrático por seguidores de Bolsonaro. Isto é um fato, e hoje, sabemos de cor e salteado cada partido, empresa ou mídia golpista que orquestraram este golpe contra ao Brasil, e contra a vida.
A leitura e vivência desse atual momento nos aponta apenas um caminho: A aliança!
O enfrentamento ao bolsonarismo, para eliminarmos o fascismo do Brasil deve estar à frente de toda e qualquer divergência ideológica. Precisamos construir uma aliança única e coesa focada na derrubada do fascismo. Seria uma aliança pontual e programática. Este entendimento e execução são urgentes. Somente uma frente ampla democrática pode salvar o país.
A polarização, nesse momento, entre esquerda e direita só vem contribuir para o avanço do bolsonarismo. A democracia vem sangrando, dia após dia e com isso o povo sucumbi e o Brasil perante ao exterior apresenta uma imagem de ameaça que reflete medo devido ao avanço da pandemia no território brasileiro, por conta do descompromisso e irresponsabilidade do presidente, que coloca em risco não só o Brasil mas como todo o mundo devido sua política anti vida.
Não há como defender a democracia sem derrubar o fascismo e logo não há como derrubar o fascismo sem união. As divergências políticas, nesse momento, devem ficar de lado, e disputadas, debatidas quando estivermos gozando de uma plena democracia.
A formação da frente ampla de combate ao fascismo, não tem como significado uma harmonia ideológica, nem tão pouco um esquecimento ou perdão aos golpistas. Também não significará a desistência das lutas em defesa dos trabalhadores e dos mais empobrecidos. Representa uma defesa de cunho emergencial ao Brasil e ao seu povo.
Porém a formação da frente democrática e a derrota do fascismo, ainda não significará a desconstrução da arapuca criada pelos golpistas: A criminalização do PT.
Ainda teremos muito trabalho, pois, estes que condenaram Lula e o povo, têm interesses ainda guardados que estão à espera de um representante para colocá-los em prática. Um novo, ou já conhecido falso herói, de qualquer forma, uma coisa podemos afirmar, a capa do falso herói já está sendo costurada.
Por isso, o pós fascismo, deve estar voltado a uma nova visão pela ótica da esquerda, pois se para golpear o Brasil e seu povo os golpistas se utilizaram daquela famosa e trágica união “com o supremo, com tudo”, a esquerda deve se concentrar em uma união para conquistar uma ampliação robusta nas câmaras municipais e nas prefeituras para as próximas eleições, pois o povo precisará de representações verdadeiras para um Brasil pós fascismo e pós pandemia.
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Cristiano Lima é Educador, graduando em Geografia pela UERJ/CEDERJ e Escritor.
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