impressões ao calor da hora: entrevista de Paulo Marinho corrobora tese de fraude das eleições de 2018, por Daniel Samam
A entrevista de Paulo Marinho à Monica Bergamo, da Folha, pode ser devastadora para Bolsonaro e a marcha do fascismo à brasileira. Se comprovado os fatos narrados, corrobora com a tese de fraude das eleições de 2018.
Primeiro, é importante colocar que a casa de Paulo Marinho foi o Quartel General da campanha de Bolsonaro à presidência da república. As reuniões de coordenação eram lá.
Marinho confirma que a Polícia Federal antecipou ao então deputado estadual, Flavio Bolsonaro, que havia uma investigação em curso contra o primogênito à época candidato ao senado e o comparsa Fabrício Queiroz. Detalhe, Marinho era o suplente de Flavio no Senado.
No entanto, o caso só veio à público já em 2019, com Bolsonaro eleito e o governo constituído. Ou seja, se essa informação viesse à público antes do pleito, o impacto poderia alterar o resultado da eleição presidencial e para o senado. Pois é, uma investigação em curso foi "interrompida" para proteger um candidato à presidência da república.
Além disso, comprovados tais fatos, confirmam as suspeitas de que o presidente quer ter o controle total da Polícia Federal, colocando o delegado da Polícia Federal e amigo, Alexandre Ramagem, que à época cuidava da segurança do então candidato à presidência Jair Bolsonaro.
Os elementos e fatos trazidos por esta importante entrevista têm grande potencial destrutivo, sobretudo se a oposição democrática agir com inteligência e unidade junto às instituições.
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