
O MEC bolsonarista: Educação não é para todos, por Cristiano Lima
A proposta do MEC vem a cada dia se tornando mais assustadora, a fala do Ministro da Educação do governo Bolsonaro transmite uma criminalização do pensar critico e do desenvolvimento humano. Assusta mais ainda quando o desenvolvimento do país se torna, a partir dessa gestão, cada vez mais engessado.
Como uma cobra, Abraham Weintraub vem envolvendo,principalmente e objetivamente aos mais pobres preparando-se para o esmagamento.
“O Ministro da Educação do governo Bolsonaro quer trocar a palavra educação por ensino.”
O que aparentemente parece inofensivo e até susceptível a trocadilhos é um fato gravíssimo e que não merece piadas ou trocadilhos. A educação crítica, livre, sem mordaças que estamos tentando preservar é formadora de homens e mulheres pensantes. Uma educação estimuladora para a busca do desenvolvimento constante.
A pretensão do Ministro bolsonariano tem como objetivo claro, sem entrelinhas, a doutrinação e o cárcere do desenvolvimento humano.
Dando continuidade ao envolvimento e posterior quebra de ossos para assim impossibilitar qualquer possibilidade de desenvolvimento o Ministro da Educação bolsonarista ataca as universidades públicas colocando-as como prejuízo aos cofres públicos e às pessoas.
O Ministro coloca a educação apenas como prática de ensino à um ofício, valorizando a educação técnica em detrimento à educação crítica. Diferentemente como tentam fazer com a esquerda, em que a ideia de criminalização é estendida a todos.
Abraham Weintraub tenta direcionar a formação de doutores para a elite. A educação superior que o Ministro coloca como onerosa e sem garantia de empregabilidade, onde segundo ele mesmo,cursos técnicos se sobressaem em relação ao ensino superior, ficaria exclusiva para um pequeno percentual de brasileiros que podem pagar. Por isso a criminalização das Universidades públicas é tão copioso em seus discursos.
Mas como dito antes, a proposta de criminalização não é para todos, ela é seletiva, ou seja, para o bolsonarismo desenvolvimento humano é para quem pode pagar.
Para o Ministro bolsonarista impossibilitar a ascensão das classes mais pobres paga-se qualquer preço, até mesmo o afundamento do país. É sabido que desenvolvimento científico e tecnológico são entendidos como capital de interesse internacional. Tecnologia e ciência são moedas preciosas.
Abraham Weintraub quer reservar este capital a uma pequena classe da sociedade, o que certamente não atenderá a demanda de necessidades da população que carece de novas descobertas para o tratamento de doenças e outras limitações, ou para oferta de tecnologias e ciência para o exterior.
Diante deste governo que vem entregando nossa fauna, flora, reservas indígenas,fazendo vistas grossas a destruição da Amazônia, e prometendo entregar nossas estatais ao mercado internacional não será de se estranhar a intenção de nos colocar ajoelhados sob a ciência e tecnologia estrangeira.
Enfim, mais um ataque fascista!
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Cristiano Lima é Educador, graduando em Geografia pela UERJ/CEDERJ e Escritor.
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