
O antipetismo é um risco à democracia, por Cristiano Lima
Duas primeiras semanas de governo Bolsonaro, inimaginável, estamos aqui , vivendo esse pesadelo.
Mas parece que ainda não aprendemos!
Apesar de toda a confusão, desencontros e vexames, rotineiros desse governo, eles estão aí, se articulando, negociando e pagando os favores recebidos durante a campanha.
O ataque das fake news, ainda continua. Motor principal da manipulação tecnológica, através das redes sociais, elas ainda continuam a exercer função.
Agora, assumem a função de desviar o foco. Sim, noticias caluniosas, como o massacre de índios entopem as redes sociais, fazendo com que percamos o foco daquilo que realmente é importante. Não que denunciar abusos, atrocidades contra minorias, indígenas, quilombolas, também não seja o foco, mas devemos, antes de tudo averiguar.
A proposta desses novos ataques de fake news é justamente essa, nos fazer perder tempo e depois desmentir. Fazer com que percamos a credibilidade perante a população.
Uma outra preocupação que devemos ficar atentos é em relação a articulação, e agora, falo de um bloco de oposição consolidado.
Um bloco que perceba a importância em estar distante de egos, tendo a consciência que em tempos de democracia este é o momento mais delicado e ameaçador que vivemos em mais de 30 anos no âmbito politico.
Os ataques de Ciro Gomes nada se diferem da chamada "despetização" proposta e executada pelo governo bolsonariano. Aliás. para quem falava que era contra o aparelhamento do Estado, Jair Bolsonaro parece ter mudado de opinião.
É inegável que o antipetismo foi o vencedor das eleições de 2018, o povo manipulado se agarrou a esse sentimento como alguém se agarra a uma bola de ferro e se joga no mar sem solta la.
Para Ciro Gomes, cultivar o antipetismo, talvez seja a única solução de se manter presente, ou seja, seguindo os padrões de receita da direita e extrema direita. Sua principal fala pelos próximos 4 anos, ao que tudo indica, seja: “A culpa é do PT”.
Sua preocupação está mais voltada a extinguir o PT do que de fato, unir e somar forças. O pós PT, seria a nova era nos padrões” ciristas?” Agora, como reagir a isso tudo sem deixar dissolver a resistência?
A frente pela continuidade da democracia deve ser única e sólida, hoje o principal opositor do povo e da própria democracia está no poder e somando forças para sua manutenção. PSL, DEM e MDB já se mostram familiarizados.
O cenário, é de atenção, tempo para magoas ou qualquer outro sentimento de desgosto, nesse momento, é auto declarar se egoísta.
O bloco precisa estar coeso, pelo bem do povo e da democracia.
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Cristiano Lima é Educador, graduando em Geografia pela UERJ/CEDERJ e Escritor.
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