
Com slogan "Pátria Amada Brasil", governo brasileiro aprova venda da Embraer para Boeing
O governo brasileiro aprovou nesta quinta-feira (10), a parceria entre a Embraer e a Boeing. Agora, as empresas estão livres para assinar um acordo que irá transferir todo o segmento da aviação comercial da companhia brasileira para uma nova empresa, onde a Boeing terá participação majoritária (80%) e a Embraer minoritária (20%). O contrato prevê que a nova empresa (ou joint venture) será administrada exclusivamente pela Boeing, sem interferência da Embraer. Com isso, a política do "America first, Brazil second" travestida no slogan "Pátria Amada Brasil" comete um verdadeiro crime comercial e trabalhista.
Como acionista majoritária da Embraer, a União poderia condicionar a negociação das duas empresas a proteção dos empregos e a manutenção de toda a estrutura de produção das aeronaves comerciais no Brasil. Mas pela prostração ideológica e subserviência canina ao governo estadunidense, o governo brasileiro não reagiu neste sentido.
Segundo informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), a Embraer possui hoje mais de 18,4 mil empregados, 15,7 mil deles no Brasil. As empresas contratadas e coligadas à companhia possuem outros 1,8 mil empregados. Ainda segundo o CAGED, a Embraer conta com 60 empresas fornecedoras no Brasil que empregam 4,5 mil pessoas.
A venda da Embraer à Boeing coloca em risco mais de 26 mil empregos no país. Em termos econômicos, a Embraer responde por 2,3% da balança comercial brasileira e mais de 80% da receita de toda a indústria aeroespacial do país, arrecadando milhões por ano em impostos, taxas e contribuições sociais.
No que tange à soberania e a segurança nacional, o caso é um completo escândalo. Crime de lesa pátria. Daí, por conta da transferência das atividades de planejamento, desenvolvimento, tecnologia e construção de aeronaves e sistemas aeronáuticos para os Estados Unidos, o ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) e o DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial) terão suas atividades reduzidas a ponto de deixarem de existir.
No vídeo a seguir, assistam o Professor de Engenharia Aeronáutica do ITA e Aviador da Força Aérea Brasileira (FAB), Wagner Farias da Rocha, denunciando tecnicamente o crime na venda da Embraer à Boeing.
Essa será a política desse governo. Mas as Forças Armadas (FFAA) tem uma oportunidade única de interferir e fazer com que o governo vete a venda da Embraer para a Boeing nos moldes propostos. Do contrário, o alto comando das Forças Armadas assina que embarcou no projeto de desmonte da Nação.
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