Lamber as feridas e organizar a resistência democrática, por Daniel Samam

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Sim. Perdemos. Lutamos contra uma campanha que jogou pesado com fake news nas redes sociais, contou com apoio de grandes empresas, corporações nacionais e internacionais.

No entanto, resistimos brava e democraticamente, travando o bom combate. O campo de democrático-popular elegeu 9 governadores, mais de 100 deputados e obteve 45% dos votos para presidência da república.

Haddad saiu gigante do processo eleitoral. O PT saiu ferido, mas vivo, na linha de frente da trincheira em defesa da Democracia, das liberdades, da soberania, dos direitos sociais e com a tarefa de organizar uma ampla frente democrática.

Infelizmente, fomos derrotados. Mas saímos com condições políticas para uma oposição forte. Sem dúvida de que seremos um grande obstáculo a quaisquer iniciativas autoritárias.

A principal condição dessa frente democrática é a unidade. É essa tarefa que devemos empenhar todos os esforços. Vamos seguir lutando e resistindo. Sem derrotismo, mas também com a clareza do desafio que temos pela frente. Entre a prisão e o exílio dados como opção pelo Bolsonaro, nossa escolha é a resistência democrática.

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