Desmoralizados estão o poder Judiciário, o Ministério Público Federal e a PF: virou repressão política contra o PT


Se ainda restavam dúvidas sobre a politização da Operação Lava Jato, escancaradamente destinada a produzir manchetes constrangedoras contra o Partido dos Trabalhadores, não há mais.

Na tarde deste domingo (25), em Ribeirão Preto, o ministro golpista da Justiça, Alexandre de Moraes, teve a ousadia de anunciar que uma nova etapa da Operação Lava Jato será deflagrada nesta semana –a última antes das eleições de vereadores e prefeitos.

Moraes, ligado ao governador de São Paulo, o tucano Geraldo Alckmin, participava de evento de campanha do deputado federal Duarte Nogueira (PSDB), candidato a prefeito no município paulista. 

De maneira cifrada, o ministro golpista vazou a seus interlocutores do Movimento Brasil Livre (MBL): “Teve a semana passada e esta semana vai ter mais, podem ficar tranquilos. Quando vocês virem esta semana, vão se lembrar de mim.” Falou isso diante do repórter Gustavo Porto, do “Estadão”, que registrou tudo.

A Polícia Federal não pode ser manipulada pelo governante ocasional, sob pena de se transformar em polícia política – o Brasil já sofreu as consequências nefasta da atuação política de órgãos policiais, durante a Ditadura Militar, quando se criminalizaram delitos de opinião e o exercício de todas as liberdades.

Na semana passada, a duas semanas das eleições municipais, a prisão do ex-ministro Guido Mantega, ordenada pelo justiceiro e herói da parcela escravocrata da classe média, Sergio Moro, e logo depois “desordenada”, já havia suscitado a suspeita de que tudo não passara de um factoide político para neutralizar uma possível arrancada do prefeito petista Fernando Haddad, candidato à reeleição.

A indiscrição do ministro da Justiça sugere um perigoso conluio entre o juiz Sérgio Moro, o Ministério Público Federal, a Polícia Federal e o Ministério da Justiça de Temer.

O fato é gravíssimo. Vivemos num completo Estado de exceção, onde o Estado Democrático de Direito e a ordem democrática foram completamente atropelados.

Abraços,
Daniel Samam

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