Procurador admite que Lava Jato foi usada para derrubar Dilma
Sob anonimato, um procurador da Operação Lava Jato disse à jornalista Natuza Nery, responsável pelo Painel - Folha de S.Paulo desta quarta (24), que o sentimento comum na força-tarefa hoje é de que eles foram usados para derrubar a presidente Dilma Rousseff e, agora que o impeachment está quase consolidado, estão sendo descartados. "Éramos lindos até o impeachment ser irreversível. Agora que já nos usaram, dizem chega”, disse o procurador.
A fala do procurador ocorre após o ministro do Supremo Tribunal Federal, o gângster de toga, Gilmar Mendes, reagir ao vazamento de suposta delação da OAS_Oficial citando o também ministro Dias Toffoli, apenas para criar constrangimentos. Segundo a colunista, "o Estado-maior da Lava Jato é unânime: o avanço das investigações sobre setores do Judiciário pode acabar se transformando em um freio na operação."
Após o episódio, Gilmar deu uma série de entrevistas sinalizando que a Lava Jato está se comportando como um grupo de "heróis" sem limites e que deveria, ao invés disso, "calçar as sandálias da humildade". O ministro também disparou contra uma das propostas defendida pelos membros da operação no Congresso, que trata da permissão de usar provas obtidas de maneira irregular, desde que de boa-fé. Chegou a dizer que isso é coisa de "cretino".
Com a reação do ministro do STF, o procurador-geral da República Rodrigo Janot veio à tona defender a Lava Jato do vazamento. Disse que a responsabilidade pelo factóide entregue à VEJA era dos advogados da OAS, que estariam fazendo pressão para fechar a delação de Leo Pinheiro. Ele também afirmou que não existe nenhuma menção a Toffoli no depoimento. O PGR usou esse argumento para suspender as negociações.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, mandou triturar, literalmente, a delação premiada do empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, depois do vazamento de trechos à revista Veja.
Segundo a coluna Radar On-line, de Mauricio Lima, Janot ficou de devolver ontem (24) aos advogados de Léo Pinheiro os anexos originais entregues aos procuradores – documentos com os relatos do que haveria na delação.
As cópias feitas para consulta pela força-tarefa da Lava Jato seria enviada ao triturador de papéis. A delação suspensa – aparentemente sem volta – inclui os nomes do senador Aécio Neves (PSDB MG) e do presidente interino, Michel Temer.
Sobre o tucano, Léo Pinheiro o acusou de cobrar 3% de propina nas obras da Cidade Administrativa do governo de Minas Gerais, que consumiram R$ 1,3 bilhão. O ex-presidente da OAS teria contado em seus depoimentos como eram pagas as propinas, por meio de Oswaldo Borges da Costa, ex-presidente da Codemig e dono do avião utilizado pelo senador.
Janot vem agora sendo questionado por diversos jornalistas e advogados por que tantas delações que foram vazadas à imprensa continuam válidas, mas essa especificamente foi suspensa.
A fala do procurador ocorre após o ministro do Supremo Tribunal Federal, o gângster de toga, Gilmar Mendes, reagir ao vazamento de suposta delação da OAS_Oficial citando o também ministro Dias Toffoli, apenas para criar constrangimentos. Segundo a colunista, "o Estado-maior da Lava Jato é unânime: o avanço das investigações sobre setores do Judiciário pode acabar se transformando em um freio na operação."
Após o episódio, Gilmar deu uma série de entrevistas sinalizando que a Lava Jato está se comportando como um grupo de "heróis" sem limites e que deveria, ao invés disso, "calçar as sandálias da humildade". O ministro também disparou contra uma das propostas defendida pelos membros da operação no Congresso, que trata da permissão de usar provas obtidas de maneira irregular, desde que de boa-fé. Chegou a dizer que isso é coisa de "cretino".
Com a reação do ministro do STF, o procurador-geral da República Rodrigo Janot veio à tona defender a Lava Jato do vazamento. Disse que a responsabilidade pelo factóide entregue à VEJA era dos advogados da OAS, que estariam fazendo pressão para fechar a delação de Leo Pinheiro. Ele também afirmou que não existe nenhuma menção a Toffoli no depoimento. O PGR usou esse argumento para suspender as negociações.
Janot, o triturador de processos
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, mandou triturar, literalmente, a delação premiada do empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, depois do vazamento de trechos à revista Veja.
Segundo a coluna Radar On-line, de Mauricio Lima, Janot ficou de devolver ontem (24) aos advogados de Léo Pinheiro os anexos originais entregues aos procuradores – documentos com os relatos do que haveria na delação.
As cópias feitas para consulta pela força-tarefa da Lava Jato seria enviada ao triturador de papéis. A delação suspensa – aparentemente sem volta – inclui os nomes do senador Aécio Neves (PSDB MG) e do presidente interino, Michel Temer.
Sobre o tucano, Léo Pinheiro o acusou de cobrar 3% de propina nas obras da Cidade Administrativa do governo de Minas Gerais, que consumiram R$ 1,3 bilhão. O ex-presidente da OAS teria contado em seus depoimentos como eram pagas as propinas, por meio de Oswaldo Borges da Costa, ex-presidente da Codemig e dono do avião utilizado pelo senador.
Janot vem agora sendo questionado por diversos jornalistas e advogados por que tantas delações que foram vazadas à imprensa continuam válidas, mas essa especificamente foi suspensa.
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