Quatro pitacos sobre a bancarrota econômica, por Daniel Samam

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1) Em 2015, Dilma Rousseff anunciou um déficit no orçamento de R$ 96 bilhões. Resultado, bateram panelas, tiraram a camisa verde-e-amarela da CBF do armário e foram às ruas.

2) Temer assume após o golpe de Estado em 2016 prometendo austeridade máxima. Cortou nos mais pobres, cortou benefícios sociais e destinou tudo isto para ruralistas e parlamentares em forma de anistia de dívidas com o INSS. Em 2016, Temer anunciou um déficit de R$ 170 bilhões (44% há mais que Dilma). Agora, o ministério do planejamento anuncia um déficit de R$ 159 bilhões em 2017 e 2018. Só em 2017 o rombo extra será entre R$ 40 e R$ 50 bilhões. Não basta o golpe dentro do golpe, tem que ter também o rombo dentro do rombo.

3) Por exemplo, o fim da isenção de tributação dos dividendos daria algo em torno de R$ 70 bilhões aos cofres da União. Só com essa medida, corrigiria a distorção e fecharia a conta sem penalizar a classe média e os pobres.

4) Como resultado dessa política econômica, em apenas dois anos, os recursos das universidades federais brasileiras e os investimentos em ciência, tecnologia e inovação tiveram um corte total de 50%. A situação é tão grave que, se nada for feito, boa parte das universidades federais correm o risco de paralisar suas atividades antes mesmo do fim de 2017.

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