Seis pitacos políticos sobre o ignóbil e enganoso Julgamento do TSE, por Daniel Samam

1) Quero a queda imediata de Michel Temer? É claro que sim. Mas não quero que seja via TSE, pois estaria assim apoiando uma ilegalidade. A chapa Dilma/Temer não cometeu ilegalidade alguma. NÃO há provas. O simples recebimento de doação NÃO configura crime. É preciso compreender que é a campanha eleitoral à presidência em 2014 que está sendo julgada no TSE e NÃO os inúmeros crimes desvinculados da chapa cometidos pelo usurpador e ilegítimo Temer. 

2) Gilmar Mendes é um personagem central do consórcio armado para salvar Temer no TSE. Durante o julgamento, acusou o MPF de combinar depoimento com testemunhas. Uma acusação gravíssima, diga-se. Gilmar também afirmou que o mandato de Temer "não pode ser colocado em risco sem justificativas plausíveis". Certo, mas o mandato de Dilma Rousseff tinha justificativas plausíveis para ser derrubado por crime de responsabilidade?

3) A Ibovespa Futuro opera em alta com mercado digerindo possível vitória de Temer. Juros recuam forte. 

4) Vivemos sob o conluio da Justiça de exceção (em todos os níveis), em que a lei vai sendo adaptada às necessidades do regime e à conveniência do mercado financeiro (a Banca). 

5) É preciso compreender que a permanência de Temer ainda é uma aposta da Banca para dar seguimento à agenda de desmonte do Estado Nacional e Social brasileiro. A direita NÃO tem consenso acerca de um novo nome para substituir Temer e prosseguir com a agenda ultraliberal. Logo, o acordo é salvar o ilegítimo e que o Congresso possa retomar a agenda das "reformas".

6) Por fim, que ninguém seja cassado nesse teatro montado no TSE, que possamos derrotar a ditadura de toga e que o povo decida quem deve governar o Brasil e com que programa e agenda política. Diretas, já!

Abraços, 
Daniel Samam

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